Hj lembrei de um grande amigo, que não está mais entre nós mas que deixou e deixa muitas saudades. E a lembrança que veio foi de mim e "oscara". Oscara no bar, tomando uma cerva, até 6h da manhã, no terceiro ano de faculdade. Uma época em que a única preocupação era a Atlética, as festas e passar de ano em farmaco, neuroanato e neuroclínica.
E foi num desses momentos de bar, onde os mais diversos assuntos eram discutidos, desde futebol até religião, que tive a comprovação de que era um dos "cara". Nessa época éramos 6, 2 mulheres e 4 homens. Convictos que terminar uma reunião da Atlética no Bar do Bigode era a melhor coisa que se podia fazer num domingo de madrugada. E quantos domingos foram assim. E apesar de ser mulher, ao menos no RG é isso que consta, a liberdade que havia entre nós era tamanha, que o detalhe da calcinha x cueca era na maioria das vezes esquecido.
Só para explicar "os cara" é aquela denominação dada aos meninos que vão ao boteco, bebem todas, discutem os mais diversos assuntos e, obviamente falam do assunto preferido, mulher. E a comprovação de eu ser considerada um "dos cara" veio nessa frase:
(Clitelo) Nossa Bilu! Olha que gostosa aquela mina!
(Eu, vulgo Bilu) Clitelinho, ela é bonita mesmo, mas meu negócio é HOMEM!
E depois desse dia vi que o fato de eu usar calcinha, fazer xixi sentada, ficar com homens e mais outros detalhes inerentes à classe feminina eram um mero detalhe quando estava sentada na mesa de um bar tomando uma cerva com os meus amigos. Pq afinal de contas naquele momento eu era um "dos caras" como eles.
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